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Página Inicial » Comércio e Serviços » A Secretaria de Comércio e Serviços - SCS » A importância do Setor Terciário

Importância do Setor Terciário

O setor terciário mostra crescente relevância na economia brasileira, ao evoluir junto com o aumento da renda e o desenvolvimento econômico e social verificados nos últimos anos, bem como ao constituir setor fundamental de expansão das atividades empresariais. 
A evolução do PIB brasileiro tem sido influenciada significativamente pelo setor terciário. O crescimento anual dos serviços mostra-se geralmente em linha com o do PIB, embora em alguns momentos a expansão dos serviços tenha sido fundamental para mitigar uma queda geral da economia, como em 2009 (2,1% dos serviços frente a -0,3% do PIB) e 2012 (1,9% dos serviços frente a 1,0% do PIB). Com efeito, segundo as Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o setor de serviços (que engloba o comércio), de 2003 a 2013, passou de 64,7% para 69,4% do valor adicionado do PIB. Desde 2004, os serviços têm ganhado espaço no PIB. Em particular, o comércio mostra também significativa expansão, ao passar de 10,6% em 2003 para 12,7% do valor adicionado do PIB em 2013.

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Estudos recentes, presentes no Atlas Nacional de Comércio e Serviços - 1ª Edição, publicado pela SCS em conjunto com IBGE, IPEA e SEBRAE, revelam que a dinâmica corrente da economia brasileira de crescimento e inclusão tem sido benéfica para o setor terciário. Em 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, a taxa de desocupação ficou em 6,7%, sendo a menor taxa em 20 anos e inferior aos 10,5% de 2003. O rendimento real médio do trabalho, segundo cálculos do IPEA, teve expansão efetiva de 44,9%. Essa trajetória tem contribuído para a diminuição na desigualdade de renda e o crescimento da classe média no país, que passou de 38% em 2002 para 53% da população em 2012, de acordo com a SAE/PR. 
Essas mudanças recentes na expansão da renda e do consumo de massa têm incentivado o desenvolvimento dos setores de Comércio e Serviços, que estão entre aqueles que mais empregam desde 2003, incentivando a queda na informalidade (o grau de informalidade passou de 50,4% em 2003 para 39,3% em 2012, conforme a PNAD). Apenas em 2013, de acordo com os dados do CAGED/MTE, Comércio e Serviços corresponderam a 76% do saldo total de empregos criados com carteira assinada, ao adicionarem, respectivamente, 305 mil e 546 mil postos de trabalho. 
 
     grafico 3 
 
O setor de serviços ganhou recentemente uma nova pesquisa para analisar sua dinâmica de curto prazo, a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. Mesmo com base de dados recente, já é possível perceber o crescimento significativo de 8,5% na receita nominal dos serviços em 2013 na comparação com o ano anterior. Alguns ramos, impulsionados pela demanda do consumo, têm apresentado expansão mais acentuada, como Transportes (10,8%) e Serviços prestados às famílias (10,2%).
O comércio, ramo fundamental para o setor terciário, tem sido incentivado pela conjuntura de expansão recente da demanda. A Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, apontou elevação de 4,3% no volume de vendas no varejo em 2013, registrando a 10ª alta anual consecutiva na série histórica (iniciada em 2000). A evolução mensal do índice de volume de vendas, com ajuste sazonal, sinaliza essa dinâmica significativa de expansão. Setorialmente, as maiores altas ano passado vieram de Artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (10,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,3%).
 
     grafico 4 
 
A relevância dos serviços brasileiros também se torna crescente no comércio internacional. Enquanto o valor das exportações mundiais de serviços teve elevação de 133,5% no período de 2003 a 2012, o Brasil mostrou aumento de 281,6% no período, de acordo com dados da UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development) e do BCB (Banco Central do Brasil). Apesar de déficit no balanço de serviços, associado à dinâmica do crescimento interno, observa-se expansão nas exportações de serviços brasileiros, que passaram de 0,6% em 2003 para 0,9% das exportações mundiais em 2012. 
Assim, os serviços estão localizados no centro do debate sobre competitividade e inovação. Trata-se de insumos cada vez mais determinantes para acelerar o crescimento econômico e a produtividade, pois são indispensáveis para melhorar a intermediação financeira, a infraestrutura, a logística, o acesso e o uso das tecnologias da informação e comunicação - TICs, a educação, a competitividade do setor de bens e manufaturas e a própria qualidade das políticas públicas.
As empresas do setor terciário, dessa forma, ganham destaque no cenário brasileiro e mundial. Os países desenvolvidos mostram significativa base de empresas de diversos setores na economia mundial, vinculadas em diversos elos das cadeias globais de valor. Com o processo de globalização produtiva, comercial e financeira, ocorre igualmente expansão das empresas transnacionais de países emergentes. A inserção das empresas emergentes está associada aos serviços e ao desenvolvimento da competitividade nacional. 
O encadeamento produtivo para trás e para frente dos setores de serviços na economia implica importância fundamental desses setores sobre a indústria e a agricultura. As empresas dos setores primário e secundário utilizam-se de serviços especializados para a produção e, portanto, dependem também da eficiência das empresas do setor terciário, que conferem fluidez e agregam valor às cadeias de produção, distribuição e vendas. 
 
* Dados atualizados até mar/2014