MDIC vai usar Internet em apoio ao artesanato
03/07/2001
Como usar a tecnologia da Internet a favor do artesanato brasileiro? A resposta a esta questão está no projeto de Telecentros da STI- Secretaria da Tecnologia Industrial do MDIC. O objetivo é fomentar parcerias (empresas, ONGs, governos) para criar sites informativos e também de comércio eletrônico, inicialmente, em 20 dos 81 núcleos de produção artesanal do país já envolvidos nas ações do PAB- Programa de Artesanato Brasileiro.O projeto foi apresentado pelo diretor do Departamento de Articulação Tecnológica da STI, professor José Rincón Ferreira, aos coordenadores estaduais do PAB reunidos em Alagoas no final de junho. O evento foi presidido pelo secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Alagoas, Neiwton Silva.
Os telecentros também integram as atividades do Fórum de Pequenas e Médias Empresas/MDIC. Até dezembro, estima Rincón, mais de 20 entidades ligadas ao Fórum terão unidades de informática. O primeiro telecentro já está sendo organizado em Brasília, na Associação das Pequenas e Médias Empresas de Ceilândia, uma das cidades-satélites do Distrito Federal. Márcia Alves - diretora do Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas da Secretaria do Desenvolvimento da Produção/ MDIC e coordenadora do programa de artesanato - acredita que os telecentros cumprirão um papel importante para qualificar e aumentar as vendas dos artistas populares. Essa é uma prioridade do PAB que espera concluir com mais um encontro de coordenadores estaduais, no final deste mês de julho, o seu "Plano de Comercialização".
Capacitação- Outra prioridade, acrescenta, é a capacitação dos artesãos e o fortalecimento do associativismo. O programa conta hoje com 131 "multiplicadores" em todos os estados para dar suporte aos núcleos de produção artesanal. Paralelamente, através do Programa de Exportações 2001 do Ministério do Desenvolvimento, os artesãos podem valer-se do ExporteFácil (Correios) para encomendas no valor de até 10 mil dólares.
A Apex-Agência de Promoção de Exportações, do Sebrae, informa Márcia Alves, também implementa projetos de exportação voltados para os artesãos brasileiros, um segmento com mais de oito milhões de pessoas o que demonstra seu potencial de emprego-renda e de resgate da cultura popular brasileira.
