Pesquisa revela que brasileiro é empreendedor nato
23/11/2001
Brasília, 23/11O brasileiro é um empreendedor nato, revela pesquisa recentemente realizada pela Anderson and Consultanting, constatando que 7 entre 10 brasileiros gostariam de ter seu próprio negócio. Expandir as culturas do empreendedorismo e do associativismo entre os brasileiros são metas da Secretaria de Tecnologia Industrial (STI) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Para incentivar a capacidade empreendora do país, o Ministério da Educação (ME) sugeriu, no Fórum Permanente da Microempresa e Empresas de Pequeno Porte, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC), a inclusão desses assuntos como disciplinas escolares. A questão está em estudo.
Empreendedorismo e associativismo são temas multidisciplinares, que envolve entidades públicas e privadas. André Luiz Alves Silveira Martins, assessor da Diretoria de Articulação Tecnológica e Diretor Substituto da STI/MDIC explica que são palavras de sentidos amplos, que designam ações voluntárias das pessoas no desenvolvimento de atividades econômicas. Essas ações dependem de motivação e de uma base cultural.
Estimular potencialidades e talentos para produzir uma atividade econômica é necessário para desenvolver o empreendimento e manter-se no mercado, afirma André Martins, acrescentando que diferentemente das atividades econômicas já estabelecidas, o empreendedorismo e o associativismo exigem inovação e o rompimento de barreiras para o acesso à economia nacional e internacional. O empreendedor precisa saber também como administrar e vender seus produtos para alcançar objetivos.
O aspecto negativo do empreendedorismo, diz ele, sem uma base bem estruturada, é caminhar para a economia informal, não oferecendo à sociedade o retorno daquilo que dela é tirado. Todos os brasileiros fazem parte de uma rede social com demandas por serviços, que, para serem mantidos, precisam da arrecadação de impostos e para isso é preciso que eles sejam pagos.
O empreendedorismo precisa ser colocado dentro da formalidade econômica para que não haja, há longo prazo, prejuízos econômicos e sociais à sociedade. Os programas de demissão voluntária lançados pelo governo federal incentivaram ações empreendedoras. O associativismo está ligado às políticas públicas de fomento ao empreendedorismo, que precisa de um suporte para se sustentar como alternativa econômica para a população, evitando a mortalidade das empresas.
As políticas para estes setores têm duas vertentes de suporte: instrumentos de financiamento e acesso a conhecimentos técnicos e científicos. É necessário capacitar o empreendedor para que ele venha a ter sucesso em seus negócios, iniciando-o nessas ações .
(Alice Maciel)