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Painel da 6ª CBAPL apresenta iniciativas de sucesso no desenvolvimento de arranjos produtivos

06/12/2013

Painel da 6ª CBAPL apresenta iniciativas de sucesso no desenvolvimento de arranjos produtivos

Brasília (6 de dezembro) - O painel “APLs como Estratégia de Desenvolvimento: Inovação e Conhecimento”, apresentado na última quarta-feira, na 6ª Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais (CBAPL), expôs ao público vários exemplos de ações bem-sucedidas no objetivo de desenvolver a produção regional em diversos pontos do país. Moderada pelo coordenador–geral de Arranjos Produtivos Locais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Ricardo Romeiro, a mesa reuniu representantes de arranjos, do governo, de entidades de fomento e da academia.

A primeira iniciativa realçada foi a experiência do APL de Metalmecânico do ABCD paulista. Segundo Norberto Portella, gestor do arranjo e presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) de Santo André, a união dos produtores decorreu da crise econômica enfrentada a partir dos anos 1980. “Muitas empresas deixaram a região, então organizamos o APL visando recuperar o poder econômico local”. As companhias que permaneceram passaram a adensar sua produção por meio de similaridades e complementos entre si.

Surgiram problemas como a falta de familiaridade com conceitos de gestão estratégica, comunicação deficiente e rivalidade entre concorrentes dentro do arranjo.  O comprometimento dos integrantes do APL com o projeto de desenvolvimento comum e o estabelecimento de parcerias com instituições como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) foram as ferramentas para superar as adversidades e conquistar novos mercados. “Criamos projetos para que nossas empresas de pequeno e médio porte desenvolvessem produtos próprios de design e inovando seus serviços” explicou Portella.

A estratégia é semelhante à utilizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Nosso objetivo é mostrar as oportunidades que estão surgindo e colocar os empresários enxergando-se nelas”, disse Frederico Turra, coordenador da Rede dos Núcleos de Petróleo e Gás da entidade. Para isso, a CNI acionou o Senai, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Serviço Social da Indústria (Sesi) para atender a demanda industrial por serviços e informações no setor de Petróleo, Gás e Naval.

Inovação e desenvolvimento social

Além do apoio ao adensamento produtivo e pesquisas voltadas à inovação, o coordenador citou a formação de mão de obra qualificada, considerando uma demanda atual de 208 mil profissionais, e o desenvolvimento local da produção como medidas essenciais para cadeia. “Uma rede local desenvolvida, com boa infraestrutura, energia e transporte, oferece mais serviços e produtos às empresas, diminuindo seus custos”, enumerou. Esse panorama permite que as companhias agrupadas aproveitem suas sinergias para focar em internacionalização, devido ao ganho de competitividade conquistado com as medidas adotadas.

O professor José Eduardo Cassiolato, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trata a inovação como um fator crucial de desenvolvimento social. “Inovação é um processo sistêmico e localizado, elemento central na geração de emprego e renda”. Para o pesquisador, o grande mérito dos APLs é mobilizar atores produtivos para gerar e aplicar conhecimentos em todas as etapas dos processos de produção.

Foi ressaltado também que a política de arranjos produtivos é inclusiva em relação a micro e pequenas empresas (MPEs) e aproxima a política produtiva da política social de maneira inovadora e sustentável. “Incluir as MPEs na agenda e levar noções de governança, sustentabilidade e inovação é territorializar o desenvolvimento num processo colaborativo”, apontou Cassiolato. Ele lembrou que 99% das empresas do país são de pequeno e médio porte. As MPEs geram 70% dos empregos, mas representam apenas 25% do PIB, o que indica um grande espaço para crescimento.

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