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Setor de couro e calçados quer aumentar exportações

11/10/2001

Brasília, 11/10 -

 

A alta da carga tributária – hoje em torno de 33% – foi o principal ponto levantado pelos empresários dos setores de couro e calçados presentes, hoje, no Fórum de Competitividade de Couro e Calçados, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

 

O evento reuniu vários empresários com o ministro Sergio Amaral e técnicos do MDIC para discutir os principais problemas e buscar soluções para o setor. O objetivo é alavancar ainda mais as exportações.

 

“Desonerar as exportações é o principal passo a ser dado pelo governo para que o Brasil possa concorrer no mercado externo”, garante o presidente da indústria de calçados Azaléia e ex-presidente da Associação Brsaileira de Calçados (Abicalçados), Nestor de Paula.

 

O empresário acredita que o setor poderia duplicar ou até triplicar suas exportações, se não tivesse que pagar impostos, como o PIS, o Confis, a CPMF, taxas e fretes.

 

O consultor da Abicalçados, Adimar Schievelbein, acha importante, depois de quase um ano de discussões com o governo federal, a instalação do Fórum, para balizar o setor para os próximos anos e colocar objetivos factíveis que levem a se alcançar a meta de 3 milhões de dólares em 2006.

 

“Além disso, o Fórum promove a integração dos representantes dessa cadeia produtiva, já que o setor, por ter um closter, é batante competitivo, como destacou o ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, nos debates”.

 

Como outros empresários do setor, ele considera alta a tributação no setor. Para Adimar Schievelbein, a reforma tributária precisa sair das discussões e ser colocada em prática. Segundo o empresário, o ministro Sérgio Amaral também compartilha dessa idéia, assim como empresários, governo federal, deputados e senadores, e até mesmo os governadores estaduais, que a princípio resistiram um pouco. Mas a pergunta que o empresário faz é : por que a reforma tributária não sai?

 

“Se for por pressão dos governadores de estado, que têm medo de perder suas receitas, o mais inteligente seria dar aos estados um nivelamento tributário necessário para gerir o estado. Com isso, teríamos condições de duplicar nossas exportações e sermos mais compcompetitivos no mercado internacional”.

 

Para ele, “não basta só uma moeda depreciada como hoje nós temos, basta um enfoque competitivo e isso é o que está nos prejudicando no momento”.

 

O representante do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca, Ivânio Batista, acha que a instalação do Fórum é importante para o setor, composto em sua maioria por micro e pequenos empresários, e sem empresas multinacionais em sua composição.

 

“Geralmente, são empresas de capital familiar, cujos donos hoje são ex-sapateiros, e todos precisam de ajuda, de orientação, e de treinamento para a inserção no mercado internacional”, garante o empresário.

 

Para ele, formar consócios de exportação, permitir que micro, pequenas e médias empresas tenham oportunidades de irem ao exterior participar de Show Room, de feiras, também é fundamental. Mas para isso, segundo Ivânio Batista, é preciso uma adequação do produto, retirando os gargalos tecnológicos que porventura existam.

 

No caso de Franca e da Abicalçados, disse ele, há projetos com as promotoras das feiras: Couro Moda e Francal. A Couro Modas está cuidando dos mercados europeu e do hemisfério norte, com Show Room e feiras, que envolvem também o México. Além disso,ele ressaltou que em ações desse tipo também estão sendo desenvolvidas em todas capitais da América Latina.

 

Segundo o empresário, o Fórum de Competitividade de Couro e Calçados está sendo o ponto de apoio para o setor poder desenvolver essas ações.

 

http://www.comexresponde.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=2¬icia=3780