Amaral destaca estabilidade econômica em encontro com empresários japoneses
06/11/2001
Tóquio, 06/11O ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, destacou em encontro com empresários da Keidanren (Federação das Organizações Econômicas do Japão), a estabilidade da economia brasileira como sendo uma das principais conquista do país nos últimos anos. Segundo ele, o controle da taxa de câmbio e da inflação, a existência de reservas externas e a estabilidade da política de investimentos seguida pelo Brasil são sinais significativos que o país se tornou atraente para investimentos estrangeiros, especialmente os japoneses.
Amaral foi recebido no início da tarde desta terça-feira oficialmente pelo presidente da entidade, Takashi Imai, que também preside o Conselho da Nippon Steel Corporation, que atua no Brasil na área de mineração. Em seguida, o ministro fez uma rápida apresentação dos dados mais recentes da economia brasileira. Além do ministro Sergio Amaral, estiveram presentes o presidente do BNDES, Francisco Gros, e o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Antônio Luiz Silva de Menezes.
Um dos projetos apresentado pela delegação brasileira à Keidanren foi o do Porto de Sepetiba, no Rio. Já houve demonstração, por parte de empresas japonesas, de interesse na efetivação do porto que irá ligar os principais mercados consumidores por uma malha ferroviária e hidroviária por todo o interior do país.
Do lado japonês, houve interesse em conhecer melhor atividades desenvolvidas com excelência pelos brasileiros, como o desenvolvimento de softwares para uso administrativo e militar e a produção de aviões. Causou excelente repercussão no Japão, por exemplo, o lançamento do jato 170 da Embraer, há duas semanas.
A Keidanren congrega 1.004 das maiores corporações nipônicas, (inclusive 63 grupos estrangeiros) sendo 117 grupos empresariais representando os principais setores da economia, tais como: indústria, comércio, distribuição, finanças e energia. É uma instituição de grande importância no ordenamento econômico japonês.
No final de setembro do ano passado, a Keidanren criou, em conjunto com a brasileira CNI (Confederação Nacional da Indústria), a Aliança para o Século XXI, com a finalidade de revitalizar o relacionamento bilateral. Dessa aliança resultou a criação de três grupos de trabalho (para tratar de financiamentos, de exportação/importação e de Custo-Brasil) e de um intercâmbio de informações regularmente a cada três meses entre as duas instituições.