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Sergio Amaral afirma que venda de etanol pode ser nova forma de parceria entre o Japão e o Brasil

05/11/2001

Tóquio, 05/11

Na abertura do seminário “A importância da utilização do Etanol na mistura com a gasolina no Japão”, o ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, afirmou que a possível utilização do etanol (álcool combustível) nos veículos japoneses “abre novas possibilidades de cooperação” entre os dois governos. O seminário aconteceu durante toda essa segunda-feira no auditório principal da Universidade das Nações Unidas (UNU), em Tóquio.

Amaral lembrou que a parceria comercial entre o Japão e o Brasil, iniciada há mais de 100 anos e que teve seu auge na década de 70, necessita de um novo impulso. “Estou certo de que estaremos hábeis para continuar nossa parceria de sucesso”, afirmou o ministro, ao destacar os números que demonstram o sucesso do Proálcool no Brasil.

Dos quase 11 bilhões de litros de álcool produzidos no Brasil no ano passado, 93% foram utilizados como combustível. A frota nacional é de aproximadamente três milhões de veículos movidos a álcool hidratado e os demais funcionam com gasolina composta por 23% de álcool anidro.

Essa mistura tem permitido a redução no consumo de 200 mil barris/dia de gasolina, o que representa uma economia anual de divisas de cerca de US$ 2 bilhões. Desde a criação do Proálcool, há cerca de 20 anos, estima-se que o Brasil economizou cerca de US$ 35 bilhões em petróleo.

O Brasil tem possibilidade de ampliar a sua produção de álcool em cerca de 4 bilhões de litros/ano. Esse excedente poderia ser facilmente exportado. Hoje a cana-de-açúcar é cultivada em cerca de 5 milhões de hectares e a última safra foi de 307 milhões de toneladas.

Sergio Amaral lembrou ainda dos efeitos benéficos do uso do álcool na redução da emissão de CO2. Ele elogiou a recente decisão do governo japonês de ratificar o Protocolo de Kyoto, que estabelece um cronograma para a diminuição da emissão de gases poluentes na atmosfera. “O etanol pode auxiliar o governo japonês nessa tarefa”, afirmou o ministro.

Além de o álcool anidro (misturado à gasolina) possibilitar a eliminação do chumbo tetraetila, o álcool líquido carburante (usado em carros a álcool) emite menos monóxido de carbono (CO) e suas emissões são menos agressivas à atmosfera que as liberadas pelos veículos movidos à gasolina. No caso do dióxido de carbono (CO2), a redução de poluição aponta para índices em torno de 20%.

http://www.comexresponde.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=1¬icia=3849