Sergio Amaral quer empresário brasileiro investindo na China
16/11/2001
(Brasília, 16/11)O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sergio Amaral, afirmou, hoje, que o governo brasileiro vai incentivar o produtor nacional a investir no exterior em parceria com empresas estrangeiras. Sergio Amaral deu como exemplo a exportação do café.
Esse assunto, segundo Sergio Amaral, foi discutido mais longamente com o ministro de Comércio Exterior da China, em viagem feita a Doha, no Qatar. Para isso, vamos unir investimentos brasileiros e colombianos para promoção e entrada do Brasil nos canais de distribuição de café, inclusive o café solúvel, na China, afirmou Sergio Amaral
A China está abrindo seus mercados e reduzindo suas tarifas, devido seu ingresso na OMC, o que abre boas oportunidades de negócios para outros países. Entre os interesses do Brasil está a venda de café nesse novo mercado, que é praticamente virgem do ponto de vista da exportação.
Dando continuidade a essas e outras discussões, o ministro Sergio Amaral, reuniu-se com o ministro assistente de Comércio Exterior da China, Wei Jianguo, e identificou uma série de áreas (como minério de ferro, madeira, aviões, agroindústria, automóveis e serviços) em que há um claro interesse do Brasil que pode a médio prazo investir nesses setores.
O futuro é muito próspero na cooperação bilateral. Mas o mais importante é que a gente ande com passos seguros, afirmou o ministro chinês. Ele disse, ainda, que qualquer ato ou medida que possa intensificar as relações comerciais com seu país é muito bem vinda.
O primeiro passo vai ser avaliar cada um desses setores. Depois disso, o governo brasileiro vai consultar o setor privado e organizar missões empresariais. Essa é a proposta que nós trazemos dessa viagem para o setor produtivo nacional, comentou o ministro Sergio Amaral.
Para ele, o país não deve perder as oportunidades com a China, que se mostra cada vez mais promissoras. Um bom exemplo são os números da balança comercial. Este ano, até o mês de setembro, as exportações para a China chegaram UR$ 1,5 bilhão, isso representa uma aumento de 92% nas vendas para aquele país.
O objetivo dessas negociações, ressaltou o ministro, visa ampliar os mercados para os produtos nacionais e aumentar as exportações brasileiras. Ele admitiu que no futuro isso pode resultar em um acordo de livre comércio entre os dois países. O ministro lembrou, entretanto, que qualquer negociação nesse sentido será precedida de conversas com os parceiros do Mercosul.
(Pricila de Oliveira)