Sergio Amaral quer detalhamento da Comunidade Exportadora
20/11/2001
Brasília, 20/11
Os presidentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fernando Bezerra, e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Paulo Skaf, apresentaram hoje ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sergio Amaral, o projeto Comunidade Exportadora, que, segundo eles, pode alavancar as exportações brasileiras de confecções nos próximos anos. As duas entidades propuseram a criação de 60 unidades de produção, com capacidade de exportação de US$ 50 milhões por ano cada uma e geração de 120 mil novos empregos. Sergio Amaral pediu aos empresários a elaboração de um projeto detalhado sobre o assunto, que poderá resultar num convênio entre governo e as entidades.
O projeto é importante e abre caminho para as exportações, comentou o ministro. Ele disse, entretanto, que precisa da definição de forma clara das responsabilidades de cada uma das partes envolvidas no projeto para que seja possível o apoio do governo. Pelo projeto apresentado, o Senai (Serviço Nacional da Indústria) treinaria o pessoal a ser empregado, as empresas do setor fariam as exportações, estados e municípios entrariam com a infraestrura (terreno e construção de galpões).
Falta o dinheiro para a compra do maquinário, que custa entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões em uma unidade com capacidade para produzir 500 mil peças por ano. Bezerra e Skaf sugeriram a utilização de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que dispõe de algumas linhas de crédito a fundo perdido. Acho que precisamos ver quais são as condições realistas, disse Amaral. Ele encarregou o secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Roberto Gianetti da Fonseca, e o secretário de Desenvolvimento da Produção do Minstério, Reginaldo Arcuri, de articular com as entidades a elaboração do projeto.
Segundo Skaf, um protótipo do projeto Comunidade Exportadora foi montado em Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. A idéia é implantar o projeto em regiões carentes para absorver a mão de obra disponível e gerar renda para a comunidade (Gilson Luiz Euzébio)
