Efeitos das zonas de livre comércio provocam estudos setoriais
23/11/2001
(Brasília, 23/11)As negociações para o estabelecimento da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e de um acordo com a União Européia significam a participação do Brasil nos dois maiores mercados mundiais de bens e serviços, sem barreiras tarifárias à entrada dos produtos brasileiros. Entretanto, significam, também, o aumento da competitividade incentivada pela entrada de produtos estrangeiros no País.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a iniciativa privada, está promovendo um conjunto de estudos sobre o impacto das zonas de livre comércio em vinte cadeias produtivas. Serão analisadas iniciativas para o aumento da competitividade da estrutura produtiva, além dos efeitos na produção, exportação, importação e nos investimentos.
A partir de um estudo setorial, preparado por especialistas de universidades federais e estaduais, o MDIC promoverá workshops com a participação de empresários de cada cadeia produtiva. O objetivo é propor medidas que auxiliem a minimizar os impactos decorrentes do acirramento da competição interna. e a aumentar a participação brasileira nos mercados dos países desenvolvidos.
As duas primeiras cadeias, Petroquímica e Siderurgia, foram apresentadas, respectivamente, pelos professores João Furtado, da Universidade Estadual Paulista, e Germano de Paula, da Universidade Federal de Uberlândia. Até o final do ano, outras oito cadeias serão apresentadas: Automotiva e Plásticos (28/11), Farmacêutica e Bens de Capital (05/12), Eletrônica de Consumo e Teleequipamentos (12/12), e Informática e Papel e Celulose (17/12).
(Gustavo Gantois)