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Simbracs: especialistas apontam desafios de inovar na área de serviços

12/11/2013

Simbracs: especialistas apontam desafios de inovar na área de serviços

Brasília (12 de novembro) - Ao falar em inovação, a maioria das pessoas pensa na indústria: um produto novo; uma tecnologia inédita. No entanto, a inovação é fundamental também para as empresas de serviços, comércio e logística. Nesses setores, o mais comum é que a inovação venha de fora: um novo produto ou aplicativo online que permite a um setor tradicional prestar um novo serviço, ou fazer o mesmo de forma diferenciada ou mais produtiva. Pensando na importância deste tema, o Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs 2013) reuniu na manhã desta terça-feira, 12, especialistas do setor, na iniciativa privada e no governo para debater o assunto no painel: Inovação: o salto competitivo para o Comércio, Logística e Serviços.

Entre os representantes da iniciativa privada existem dois consensos. O primeiro, da importância e necessidade de se investir em inovação para crescer e se destacar num mercado cada vez mais competitivo. O segundo foi das dificuldades enfrentadas por quem quer investir tempo e dinheiro em pesquisa e desenvolvimento de um determinado serviço que pode nem ser aceito no mercado.

Para o coordenador de Projetos da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Carlos Eduardo Bizzotto, um dos entraves para os investimentos é a cópia que os concorrentes podem fazer sem ter gastado tempo e dinheiro no invento. Como exemplo Bizzotto citou as Casas Bahia que inovaram ao garantir o acesso ao varejo às classes C, D e E. “Eles foram pioneiros, identificaram o nicho de mercado. Mas mesmo inovando enfrentaram problemas depois que a concorrência passou a imitá-los”, explicou.

Uma solução apontada por Bizzotto para minimizar esses problemas é investir em incubadoras que muitas vezes dividem os riscos de um possível fracasso na invenção de um serviço ou produto. Sugestão parecida é compartilhada pelo coordenador do Centro de Tecnologia da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e sócio-fundador do site Buscapé, Rodrigo Borges.

“Muitas vezes é melhor adquirir uma startup do que deslocar uma equipe que já está empenhada num projeto atual que dará lucro com certeza”, declarou.
Para Borges, inovação que dá certo é a que vende, que tem mercado. “Não adianta ter um produto ou serviço com muita tecnologia e não vender. Não adianta ter o melhor produto se não conseguir ganhar o mercado de forma rápida”, opinou.

Cenário

Durante a apresentação, o gerente do Laboratório de Pesquisas da IBM, Cláudio Pinhanez, apresentou números que indicam que em 2020 metade da população mundial – principalmente na China e na Índia - será considerada de classe média. E segundo Pinhanez, essa classe média consumirá mais serviços, mais educação, mais saúde.

“A classe média quer serviços com qualidade e em grande escala. O desafio é fazer os dois ao mesmo tempo. As manifestações de junho demonstraram isso. A população começa e exigir serviços como educação e saúde com um ‘padrão Fifa’ de qualidade”, avaliou. 

Para o executivo da IBM faltam incentivos fiscais para as áreas de serviços. Pinhanez citou que para as empresas de Hardware e Software existe a Lei da Informática. “Mas qual incentivo existe para as empresas de serviço em TI? Em economia criativa?”, questionou.

O superintendente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Hudson Lima, admitiu que criar políticas públicas para a área de serviços é algo complexo não só para a Finep, mas para todas as agências de fomento no Brasil e no mundo. Lima explicou as leis de inovação são mais voltadas para a pesquisa e desenvolvimento na área industrial.

“Já financiamos inovações em serviços em diversas áreas como saúde, tecnologia da informação, engenharia, logística. Mas de uma maneira associada aos conceitos de inovação industrial. Ou seja, processo ou produto. Um novo serviço claramente definido ou um novo processo para fazer melhor um serviço anterior”, esclareceu.

Atualmente a área de serviços no Brasil corresponde a 68% do PIB. O superintendente da Finep garantiu que a financiadora está buscando formas de avançar neste setor.

“Hoje os nossos financiamentos nas áreas de serviços são menores do que na indústria, mesmo considerando que a participação do PIB e a formação de empregos formais em serviço, é consideravelmente maior do que o da indústria. Estamos buscando criar métricas mais claras para poder avançar e financiar áreas que hoje não financiamos”, afirmou.

Para o moderador do painel, o secretário de inovação do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Nelson Fujimoto, o debate foi muito produtivo pois houveram visões amplas do tema. Para Fujimoto será importante que a Finep reflita e pense cada vez mais na área de serviços. “Sempre que se fala em inovação se pensa na indústria ou no produto. É preciso pensar na inovação dos serviços para depois implementar as inovações tecnológicas e de produtos”, finalizou.

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