Monteiro: Mercado doméstico é um dos maiores ativos do Brasil
27/11/2015
Brasília (26 de novembro) – “Nós vivemos um período de ajuste, mas o Brasil tem ativos fantásticos. O maior deles talvez seja a dimensão do nosso mercado doméstico”, declarou, nesta quarta-feira (25/11), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, sinalizando a importância do setor de comércio e serviços para a economia brasileira. Monteiro participou, no MDIC, em Brasília, da abertura da 5ª reunião do Fórum de Competitividade no Varejo, que reuniu representantes de associações do setor varejista e órgãos públicos.
O Fórum foi criado pelo MDIC para ampliar a interlocução com o setor, que é o maior empregador privado do Brasil, sendo o comércio responsável por cerca de 20% da mão-de-obra do país. “Tenho viajado muito pelo mundo e me impressiona o quanto, lá fora valorizam este ativo tão importante. Portanto, apesar de tudo, o Brasil dispõe de condições excepcionais para superar este quadro que estamos atravessando”, acrescentou Monteiro.
Na pauta da reunião estavam temas relacionados à simplificação e à melhoria no ambiente de negócios; qualificação e capacitação da gestão e da mão de obra; fortalecimento do comércio eletrônico; e questões relacionadas às linhas de crédito e financiamento específicos para o setor.
Segundo o BNDES, com a consolidação das novas classes de consumo, houve o fortalecimento de produtos e marcas nacionais. Com isso, nos últimos cinco anos, os financiamentos destinados ao varejo registraram crescimento médio de 22% ao ano. De 2010 a 2014, os desembolsos para o setor varejista atingiram 36 bilhões de reais e 68% dos financiamentos foram para micro e pequenas empresas, que receberam, no período, 24,8 bilhões de reais.
Nesse quinto encontro, o Fórum contou, ainda, com a participação de representante da Comissão Técnica Permanente do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), para debater questões relacionadas à Emenda Constitucional nº 87/15 e seu impacto para o setor. A EC 87/15 trata da contribuição do ICMS entre estados de origem e destino, como, por exemplo, nas operações de comércio eletrônico. Também participaram da reunião representantes do Inmetro, que debateram formas para que o varejo possa contribuir ainda mais com as regulamentações que impactam o setor.
Foram relatados, ainda, os avanços em outros temas da agenda como o mapeamento da demanda por capacitação e qualificação, tramitação de propostas referentes à modernização das relações trabalhistas e as cooperações voltadas ao fortalecimento do comércio eletrônico.
O secretário de Comércio e Serviços do MDIC, Marcelo Maia, chamou a atenção para importância da aproximação do governo com os representantes varejistas. “Este alinhamento com o setor é fundamental. Além do comércio ser o maior empregador privado do país, representando cerca de 12% do PIB nacional. Por isso, o MDIC abriu este espaço para que os varejistas de todos os setores possam apresentar suas demandas e receber uma resposta rápida do governo federal”.
A criação do Fórum é uma inciativa da Secretaria de Comércio e Serviços em conjunto com algumas entidades representativas do setor varejista nacional. Seu objetivo é desenvolver uma agenda de ações cuja pauta seja essencial para o crescimento econômico e para enfrentar os desafios atuais em busca de melhorias na competividade e produtividade. Desde março de 2015, o Fórum se reúne regularmente para levar adiante os temas definidos em conjunto pelo governo e pelo setor privado.
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