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MDIC vai incentivar exportação de cachaça

26/10/2001

Brasília, 26;/10

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vai incentivar os produtores de aguardente de cana a investir no mercado externo. O ministro Sergio Amaral, que está embarcando nesta terça-feira (30) para Nova Iorque e Tóquio para lançar o “Projeto de Promoção de Exportações” , incluiu a cachaça na lista de produtos prioritários da pauta de exportação brasileira.

 

A preocupação é justificada. A aguardente de cana, ou cachaça, embora seja um dos produtos mais consumidos e tradicionais do Brasil, ainda é considerada uma bebida exótica fora do país. De 1,3 bilhão de litros produzidos anualmente em mais de 30 mil alambiques espalhados pelo território nacional, apenas cerca de seis milhões são vendidos ao exterior - menos de 1%.

 

A falta de uma classificação única e exclusiva na categoria bebidas da Organização Mundial de Alfândegas (OMA) é a principal dificuldade enfrentada pelos exportadores de cachaça. Ao contrário do que ocorre com o uísque e a vodka, a aguardente de cana não tem uma designação específica, sendo incluída em outros destilados alcoólicos.

 

Um importante passo para mudar esse quadro foi dado no mês passado: uma comitiva de produtores brasileiros, junto com o embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa, reuniu-se com representantes do Departamento de Controle de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos, um dos maiores importadores de cachaça.

 

Como nos EUA a aguardente de cana é classificada como rum, os produtores fizeram uma apresentação e mostraram as características exclusivas da cachaça. O resultado foi que os americanos resolveram mandar representantes ao Brasil para ver de perto a produção.

 

A divulgação da cachaça no exterior e o aumento das exportações passa também a ser prioridade do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Aguardente de Cana, Caninha ou Cachaça (PBDAC) do Ministério. Segundo o coordenador do PBDAC, Carlyle Vilarinho, o programa tem como meta chegar a 30 milhões de dólares em exportações em 2010. Neste ano, o valor deve ser de 9 milhões de dólares.

 

Para atingir a meta, o PBDAC vem promovendo a participação da cachaça em feiras e exposições internacionais de bebidas e alimentos. Na semana passada, uma comitiva brasileira divulgou a aguardente de cana na Feira de Anuga, na Alemanha, uma das maiores feiras de alimentos do mundo.

 

O PBDAC, que conta com o apoio da Agência de Promoção de Exportações (APEX), completa quatro anos em novembro. O programa serve também como um canal de diálogo entre os produtores e o governo, promovendo reuniões bimestrais. Nessas reuniões, representantes dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Agricultura, e da Ciência e Tecnologia discutem e recebem as demandas dos produtores e da iniciativa privada.

 

http://www.comexresponde.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5¬icia=3818