"Nós vamos exportar mais", disse Sergio Amaral

01/11/2001

“Nós temos que exportar mais e vamos exportar mais”, afirmou ontem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sergio Amaral, em discurso para representantes de mais de 400 corporações, em Nova Iorque. Amaral fez um diagnóstico da situação, mostrando as dificuldades internas e externas, com a imposição de barreiras comerciais aos produtos brasileiros. O governo, explicou, está tentando resolver os problemas.

“Há um longo caminho a percorrer. Nós estamos começando agora a fazer muito em muitas áreas”, afirmou. Ele apontou três linhas de ação: atrair investimentos estrangeiros, substituir importações e agregar valor ao produto nacional, além da promoção das exportações, negociações para derrubar as barreiras e remoção de obstáculos às exportações.

Em almoço com outros 100 empresários, também ontem, Amaral reafirmou que o Brasil é muito competitivo e precisa intensificar sua atuação junto a organismos internacionais, como a OMC (Organização Mundial do Comércio).

Em Brasília, o secretário-adjunto de Comércio Exterior, Ivan Ramalho, disse que espera que a reunião da OMC, a partir do dia 9 em Qatar, resulte em maior acesso aos mercados para o Brasil. As barreiras comerciais, segundo ele, estão impedindo o crescimento das exportações brasileiras de produtos agrícolas e commodities.

“Esses produtos têm potencial para aumentar muito sua participação na nossa pauta de exportações”, afirmou. Somente na área agrícola, o Brasil deixa de exportar US$ 5 bilhões por ano por causa do protecionismo dos países ricos. Isso significa, segundo ele, que o superávit da balança comercial deste ano passaria de US$ 1,498 bilhão para US$ 6,498 bilhões.