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Brasil quer reciprocidade no comércio exterior

16/11/2001

Brasília, 16/11

“Nenhuma concessão sem contrapartida”. Esta será a posição do Brasil na nova rodada de negociações da OMC, que deve iniciar em janeiro, em Genebra, disse hoje o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral. Ele ressaltou, entretanto, que se o Brasil tiver que fazer alguma liberalização nas negociações, elas serão pequenas, porque as tarifas de importação vigentes no Brasil já são relativamente baixas. Mas mesmo que sejam pequenas, será exigido dos outros países reciprocidade.

“Vamos buscar contrapartida também em negociações bilaterais com novos mercados”, explicou. São mercados com os quais a relação comercial do Brasil é pequena e o governo quer ampliá-la. Por isso, vai tentar evitar que as negociações de acordos comerciais com blocos econômicos, como a União Européia e Alca (Área de Livre Comércio das Américas), reduza ainda mais a participação das exportações brasileiras para esses mercados. “Queremos evitar que essas negociações criem desvios de comércio”, comentou.

Sergio Amaral citou como exemplo o Japão, com o qual o Brasil tem uma tradicional relação comercial e de investimentos, que poderia ficar prejudicada. Isso porque a corrente de comércio se direciona naturalmente para os países integrantes dos blocos. “Não queremos perder as relações que nós temos com o Japão, as oportunidades com a China”, afirmou. Primeiro porque o Brasil quer manter o status de “parceiro comercial global”. Além disso, as oportunidades com a China são “impressionantes”: as exportações brasileiras para a China de janeiro a setembro deste ano cresceram 92% e chegaram a US$ 1,5 bilhão. As importações ficaram próximas a US$ 1 bilhão, ressaltou o ministro.

“A China é um mercado cada vez mais importante”, comentou. O Brasil, segundo Sergio Amaral, iniciou conversações também com o Japão, Índia, México e Rússia, que podem resultar em acordos bilaterais de livre comércio. “Temos um leque de iniciativas para ampliar o nosso intercâmbio econômico”, disse.

As discussões não ficarão restritas ao comércio: “Vamos discutir investimentos”, explicou Amaral. Ele quer estimular as empresas brasileiras a investir em outros países.

http://www.comexresponde.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5¬icia=3893